José António Saraiva, director do Sol: “O BCP quis comprar o jornal para depois encerrá-lo”
Em Fevereiro de 2010, o semanário Sol publicou escutas judiciais que desvendavam um plano, dirigido pelo Primeiro-ministro José Sócrates, para controlar os meios de comunicação mais críticos para com o poder político. Meses depois, e após as autoridades judiciais se terem recusado a abrir uma investigação sobre estas revelações, o Sol e os seus jornalistas são alvo de dois processos em tribunal. Numa conversa com Repórteres sem Fronteiras, José António Saraiva, director do semanário, comenta estes casos.
Entrevista José António Saraiva 1a parte: Escutas e BCP
Após sublinhar o interesse público das escutas publicadas, o director do Sol denuncia as manobras do Banco Comercial Português (BCP), próximo dos socialistas no poder, que teria tentado comprar o jornal com a intenção manifesta de encerrá-lo posteriormente.
Entrevista José António Saraiva 2a parte: José Sócrates e a justiça
José António Saraiva pronuncia-se também sobre a inacção da justiça no que respeita às suspeitas que recaíam sobre o Primeiro-ministro, acusando os altos responsáveis judiciais de terem querido encobrir José Sócrates.
Entrevista José António Saraiva 3a parte: Os processos contra o Sol
Relativamente às escutas, o Sol e os seus jornalistas enfrentam actualmente dois processos: o não cumprimento de uma providência cautelar e uma acusação de violação do segredo de justiça. No entanto, o seu director salienta que, até ao momento, não foi pronunciada nenhuma sentença definitiva contra o jornal.
Entrevista José António Saraiva 4a parte: A imprensa e o poder político
José António Saraiva aborda, por último, as dificuldades com que a imprensa portuguesa se defronta para cumprir a sua missão de investigar e de informar num clima de cumplicidade entre certos accionistas dos meios de comunicação e o poder político.