Ranking 2024
32/ 180
Nota: 74,69
Indicador político
30
68.99
Indicador econômico
34
60.20
Indicador legislativo
29
78.45
Indicador social
41
75.30
Indicador de segurança
30
90.53
Ranking 2023
29/ 180
Nota: 77,3
Indicador político
33
74.01
Indicador econômico
32
61.85
Indicador legislativo
39
77.32
Indicador social
29
84.14
Indicador de segurança
26
89.20

Na Áustria, a liberdade de imprensa foi enfraquecida por diversas pressões políticas ou restrições ao acesso à informação. Durante eventos públicos, a violência impediu os jornalistas de reportar livremente.

Cenário midiático

Dominado por uma dúzia de grandes meios de comunicação, o mercado é reduzido e muito concentrado. O diário mais antigo, Wiener Zeitung, fechou suas portas em 2023 – um desaparecimento que, sem dúvida, enfraquece um pluralismo já restrito. É a imprensa tablóide que detém o maior número de leitores e, portanto, a maior parte dos fundos públicos.

Contexto político

Tentativas de influenciar meios de comunicação privados e públicos são constantes na Áustria. Alguns políticos são suspeitos de terem utilizado dinheiro público para comprar cobertura favorável nos tablóides, enquanto outros tentaram intervir recorrendo diretamente às redações, como o antigo chanceler Sebastian Kurz. Este último foi forçado a renunciar em 2021 devido a suspeitas de comprar cobertura positiva num jornal privado. Os jornalistas são por vezes alvo de ataques políticos vindos dos extremos. 

Quadro jurídico

Embora vários projetos de lei estejam em discussão, a Áustria é o último estado membro da UE que ainda não possui um texto sobre liberdade de informação. Além disso, os profissionais estão preocupados com a tentativa de certos partidos políticos de restringirem o acesso à informação judicial. No entanto, esses projetos de lei ainda não foram adotados pelo Parlamento, embora estejam prontos desde o início de 2021. Os jornalistas que cobrem manifestações são por vezes sancionados arbitrariamente, outros são alvo de “procedimentos mordaça”. 

Contexto económico

Os meios de comunicação de qualidade enfrentam dificuldades financeiras, tanto que alguns dos seus representantes apelaram à adoção urgente de uma nova lei sobre subsídios à imprensa. Ela permitiria atribuir fundos públicos de acordo com a qualidade dos conteúdos midiáticos e não mais proporcionalmente à circulação, como acontece atualmente. Os tabloides recebem as maiores receitas publicitárias, devido à sua grande circulação.

Contexto sociocultural

Os jornalistas estão sob pressão de diferentes grupos de interesse e movimentos sociais.  Eles correm o risco de autocensura após ataques online com base em gênero, classe, etnia e religião. Depois da pandemia do covid-19, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia tornou-se o tema que polariza a sociedade e alimenta o questionamento do jornalismo.

Segurança

A cobertura de manifestações por repórteres sofre fortes obstruções devido às intervenções da polícia, que os ameaça com processos judiciais ou assédio através de repetidas verificações de identidade. As mulheres jornalistas estão particularmente expostas a este tipo de risco.  Cartas e mensagens de ameaça enviadas às redações também são comuns.