O clima no Uruguai é propício a um diálogo construtivo e inclusivo sobre o papel dos meios de comunicação no país.
Cenário midiático
Embora o cenário midiático uruguaio seja bastante pluralista, ele permanece concentrado em três grandes grupos: Villar/De Feo (Canal 10), Romay (Canal 4) e Cardoso/Scheck (Canal 12).
Contexto político
Depois de ser administrado durante quinze anos por uma coalizão de partidos de esquerda agrupados na Frente Ampla (Frente Amplio), o Uruguai agora é governado pelo conservador Luis Lacalle Pou, que assumiu o poder em março de 2020. Nos últimos anos, foram registrados vários casos de pressão política contra jornalistas que cobriam assuntos delicados, sobretudo envolvendo membros da Presidência da República.
Quadro jurídico
A descriminalização dos delitos de imprensa, a regulamentação da radiodifusão comunitária e o acesso à informação pública garantem um ambiente de trabalho favorável para os jornalistas no Uruguai. A lei dos serviços de comunicação audiovisual, aprovada em dezembro de 2014, favorece o pluralismo da mídia. Essa lei também determinou a criação do Conselho de Comunicação Audiovisual, órgão independente do poder Executivo.
Contexto económico
A economia uruguaia é fortemente dependente de seus vizinhos, Brasil e Argentina. Os recursos naturais são muito limitados, sobretudo devido ao pequeno tamanho do país. O setor de serviços representa 60,9% do PIB e emprega 73,3% da população ativa, principalmente nos setores financeiro e de turismo.
Contexto sociocultural
Nos últimos anos, apesar de um ambiente profissional amplamente favorável, vários jornalistas investigativos têm sido vítimas de ameaças, intimidações e pressões judiciais.