Ranking 2024
18/ 180
Nota: 80,13
Indicador político
20
79.94
Indicador econômico
24
65.10
Indicador legislativo
25
79.11
Indicador social
16
83.28
Indicador de segurança
12
93.24
Ranking 2023
18/ 180
Nota: 83,19
Indicador político
14
86.04
Indicador econômico
27
68.35
Indicador legislativo
20
82.35
Indicador social
22
87.01
Indicador de segurança
12
92.22

Ainda que os meios de comunicação gozem de um arcabouço legislativo protetor e de um nível de confiança considerável, sua independência – enfraquecida pelo tamanho reduzido do mercado – é ameaçada pelos interesses políticos e econômicos, sobretudo do principal setor econômico da ilha, a pesca.

Cenário midiático

Pequeno em tamanho, como em população, o mercado de mídia da Islândia é caracterizado por uma concentração dos meios de comunicação, que são dominados por quatro grupos. Após a falência de um grande jornal diário, a Islândia tem um único diáriodois semanários e vários jornais regionais, bem como mídia online. O mercado audiovisual é dominado pela emissora pública RUV.

Contexto político

Graças à lei, bem como aos seus regulamentos internos, os principais meios de comunicação nacionais são amplamente independentes, incluindo a emissora pública RUV, cujo conselho de administração é nomeado pelo Parlamento. Por outro lado, os jornalistas  dos veículos locais são mais vulneráveis à influência das autoridades e empresas locais. Nos últimos anos, o trabalho dos jornalistas tem sido alvo de críticas virulentas no Parlamento, percebidas por parte da profissão como pressão política.

Quadro jurídico

O arcabouço jurídico garante a liberdade de imprensa e o acesso à informação pública. Na prática, porém, a aplicação desses direitos pode se revelar incompleta, como demonstrado em 2023 pelas restrições insuficientemente justificadas ao acesso dos jornalistas às zonas de catástrofe natural. Ele é complementado por um sistema de autorregulação eficaz baseado em um código de ética. A difamação, assim como o insulto a países estrangeiros, ainda é considerada crime.

Contexto económico

Embora o jornalismo investigativo desfrute de um impulso significativo após a cobertura rigorosa de grandes casos de corrupção, as receitas publicitárias – limitadas devido ao pequeno tamanho do mercado – foram enfraquecidas. Para compensar sua redução, o Estado concedeu à mídia um apoio financeiro sem precedentes. Alguns temem, porém, que esses recursos públicos favoreçam grandes grupos em detrimento do pluralismo de informações.

Contexto sociocultural

Embora os meios de comunicação gozem de grande confiança da sociedade, sua independência é ameaçada pelos interesses do principal setor econômico da ilha, a pesca. As grandes empresas de pesca são, na verdade, donas da mídia, o que levanta questões de conflito de interesses.  Além disso, desde 2019, jornalistas que cobriram o caso “Fishrot Files”, envolvendo suspeitas de corrupção na Namíbia por uma empresa de pesca, foram alvos de uma campanha de difamação liderada pela empresa em questão e de um inquérito policial.

Segurança

Ainda que a profissão seja relativamente poupada da violência, as mulheres jornalistas são ocasionalmente ameaçadas por telefone ou com comentários nas redes sociais. Esse fenômeno se acentuou nos últimos anos.