Predator
Issaias Afeworki
Presidente da República da Eritreia desde 19 de maio de 1993
Predador desde 18 de setembro de 2001, data a partir da qual eliminou brutalmente seus rivais políticos, fechou todos os meios de comunicação privados e prendeu os jornalistas da imprensa independente
Eritreia, 180o/180 no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2021
MODO DE PREDAÇÃO: totalitarismo paranoico
Qualquer sugestão de contestação é considerada um atentado à "segurança nacional" do país. A imprensa privada não existe mais; restam apenas os meios de comunicação estatais, dotados de uma linha editorial stalinista. Os jornalistas são vistos como inimigos. Alguns morreram na prisão, outros estão detidos há 20 anos em condições abomináveis, sem acesso a suas famílias ou a um advogado. Segundo informações coletadas pela RSF nas últimas duas décadas, jornalistas podem ter sido presos em contêineres, expostos diretamente a um calor insuportável, torturados, privados de assistência médica e de água. Na prisão de Eiraeiro, onde estariam os jornalistas ainda encarcerados, uma mensagem assustadora pode ser lida em uma sala de interrogatório: “Se você não gosta da mensagem, mate o mensageiro". Questionado em 2009 sobre a possível realização de um julgamento ou libertação do jornalista sueco-eritreu Dawit Isaak, detido desde 2001 na Eritreia, o presidente Afwerki declarou: “Sabemos como tratá-lo e o que fazer com outros como ele, e temos nossa própria maneira de lidar com isso".
ALVOS PREFERIDOS: todas as vozes independentes
Todos aqueles que não estão alinhados com a narrativa oficial ou que tentam testemunhar a realidade de seu país são sistematicamente caçados e silenciados. Não existem mais jornalistas e meios de comunicação independentes. Aqueles que escaparam da repressão tiveram que mudar de profissão ou de país. Ao todo, várias dezenas de jornalistas morreram na prisão, cometeram suicídio, desapareceram ou foram para o exílio.
DISCURSO OFICIAL: negação total
“Nunca houve jornalistas presos. Não há nenhum. Você está mal informado” (Entrevista na Al Jazeera, maio de 2008.)
“Esta é outra mentira [sobre o alistamento obrigatório], mais uma mentira, e isso mina a sua credibilidade como meio de comunicação, chegando com um monte de mentiras, apresentando-as como fatos concretos e dando a impressão de que correspondem ao mundo real"
(Entrevista na Al Jazeera, fevereiro de 2008).
Publié le