Brasil: Radialista é assassinado na frente da emissora onde trabalhava

O radialista brasileiro Claudemir Nunes foi assassinado na saída da emissora onde trabalhava no dia 21 de março de 2019, em Pernambuco. A Repórteres sem Fronteiras (RSF) pede às autoridades uma investigação rigorosa do crime.

O radialista Claudemir Nunes, de 42 anos, foi assassinado no dia 21 de março de 2019 ao sair da Rádio Comunidade FM, emissora onde trabalhava na cidade de Santa Cruz de Capibaribe, no estado de Pernambuco. De acordo com informações locais, testemunhas afirmaram que o jornalista foi executado a tiros por um homem desconhecido que fugiu em seguida.


Na Rádio Comunidade, Claudemir Nunes comandava o “Resenha Popular”, um programa policial com prestação de serviços e humor de acordo com a própria emissora. Ele também trabalhava na Rádio São Domingos FM, onde já havia apresentado um programa de comentários sobre política e atualmente conduzia um programa musical. De acordo com colegas contactados pela RSF, o radialista não comentou ter sido alvo de ameaças.


A Repórteres sem Fronteiras pede às autoridades uma investigação rigorosa do assassinato do jornalista Claudemir Nunes, e que não afastem a hipótese de que o crime esteja relacionado com sua atividade profissional”, declarou Emmanuel Colombié, diretor do escritório para a América Latina da organização. “Os radialistas que atuam em cidades pequenas e médias do interior são alvos recorrentes de violência no Brasil”.


Em 2018, três radialistas foram assassinados no país. Marlon Carvalho foi morto em agosto do ano passado, depois de Jefferson Pureza e Jairo Souza, respectivamente assassinados no 17 de janeiro e 21 de junho passado.


O Brasil se encontra na 102ª posição do Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa de 2018 elaborado pela Repórteres sem Fronteiras.

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Updated on 22.03.2019