SHEIKH Hasina
Primeira Ministra da República Popular de Bangladesh desde 6 de janeiro de 2009
Predadora desde (pelo menos) 2014
Bangladesh, 152o/180 no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2021
MODO DE PREDAÇÃO: a lei sobre segurança digital, arma definitiva da autocensura
Filha mais velha do Sheikh Mujib, herói da independência de Bangladesh, Sheika Hasina é uma importante figura política no país desde o início dos anos 1980. Estabeleceu-se há muito tempo como personagem central na oposição aos vários regimes autoritários que reprimiam jornalistas com violência. Graças a uma vitória legislativa de seu partido, foi nomeada Primeira-Ministra em janeiro de 2009. A partir daí, entretanto, passou a seguir uma linha autoritária, marcada por uma repressão cada vez mais forte à liberdade de imprensa. Essa tendência foi confirmada em 2014, quando ganhou as eleições com ainda mais facilidade porque a oposição simplesmente não tinha o direito de ser mencionada nos meios de comunicação. Foi a partir dessa época que, por trás de um discurso oficial de respeito à imprensa, Sheika Hasina se consolidou politicamente a partir de um sistema que não tolera críticas. E para completar o arsenal que lhe permite impor seus pontos de vista, seu governo finalizou, em 2018, a Lei de Segurança Digital (Digital Security Act, DSA). Recheado de formulações deliberadamente vagas, o texto é a arma definitiva para empurrar os jornalistas à autocensura. Por exemplo, pune com sete anos de prisão a publicação de conteúdos “suscetíveis de perturbar a ordem pública”. Pior, os jornalistas sabem que correm o risco de pegar 14 anos de prisão se publicarem informações identificadas como “propaganda contra o patriarca da nação” - que não é outro senão o próprio pai de Sheika Hasina. Em resumo, um campo de atuação extremamente vago e proibitivo.
ALVOS PREFERIDOS: repórteres incômodos
DISCURSO OFICIAL: impor informações "verdadeiras"
“Jornalistas que não publicam notícias falsas não precisam se preocupar com a Lei de Segurança Digital”. Essa lei permite que o governo decida quais informações são “verdadeiras” ou “falsas” (outubro de 2018).