Narendra MODI
Primeiro ministro da Índia desde 26 de maio de 2014
Predador desde que chegou ao poder
Índia, 142o/180 no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2021
MODO DE PREDAÇÃO: nacional-populismo e desinformação
À frente do estado de Gujarat a partir de 2001, Narendra Modi usa esta província do oeste da Índia como laboratório para seu sistema de controle da informação, que implantará integralmente a partir de sua ascensão ao cargo de Primeiro-Ministro em 2014. Sua primeira arma é saturar a grande mídia com discursos e informações que legitimam sua ideologia nacional-populista.
Para levar a cabo esse plano, desenvolveu vínculos privilegiados com os principais líderes industriais do país, que dirigem vastos impérios de mídia. Particularmente insidiosa, a manobra tem duas vertentes: por um lado, ao se aliar aos magnatas da imprensa, Narendra Modi consegue uma cobertura favorável - os jornalistas dos grandes meios de comunicação sabem que correm o risco de serem demitidos se criticarem o governo; por outro lado, a disseminação de seus discursos extremamente divisivos e estigmatizantes, que muitas vezes equivalem à desinformação, permite que a mídia comercial alcance audiências recordes. Nesse contexto, só resta a Narendra Modi neutralizar os veículos de imprensa e jornalistas que recusem seu discurso maniqueísta.
Para isso, dispõe de um arsenal judicial, com medidas particularmente liberticidas para a imprensa: os jornalistas arriscam-se, por exemplo, à prisão perpétua se forem alvo da acusação, extremamente vaga, de perturbação da ordem pública. Para completar seu arsenal, Narendra Modi conta com um exército de “yodha” (“guerreiros”, em hindi), trolls que atacam jornalistas que os desagradam com terríveis campanhas de ódio na Internet e nas redes sociais, cujas campanhas quase que sistematicamente se transformam em incitações a assassinatos..
ALVOS PREFERIDOS: os “sickulars” e as “presstituídas
DISCURSO OFICIAL: a mídia contra o jornalismo
“Hoje, os jornalistas foram desmascarados. Se há crise de credibilidade, a culpa não é da mídia, mas daqueles que nela trabalham. Então parem de mexer conosco” (12 de maio de 2019).