Daniel ORTEGA
Presidente da Nicarágua desde 2007
(depois de um primeiro mandato entre 1979 e 1990)
Predador desde que foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo em novembro de 2016
Nicarágua, 121o/180 no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2021
MODO DE PREDAÇÃO: asfixia econômica e censura judicial
Desde o final de 2016, a imprensa independente vive um verdadeiro pesadelo na Nicarágua, constantemente oprimida pelo governo de Ortega e seus partidários da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), que tentam por todos os meios silenciar vozes críticas. São ameaças, perseguições, campanhas de assédio e difamação, prisões e detenções arbitrárias e a “lei de regulação dos agentes estrangeiros ”, que visa monitorar de perto os meios de comunicação e as organizações que recebem financiamento externo. Ortega não hesita em nada para controlar a informação e montou um sistema sórdido de sufocamento econômico dos meios independentes: políticas discriminatórias de publicidade oficial, de concessão de frequências de rádio e televisão, de restrições à importação de matéria prima e materiais jornalísticos, auditorias abusivas, assim como pressões sobre anunciantes privados para desencorajá-los de comprar espaço publicitário em veículos independentes. O governo chegou a proibir, sem aviso prévio, em setembro de 2018, o fornecimento de tinta, papel e borracha, o que resultou no desaparecimento da maioria dos jornais impressos do país. Finalmente, em vista das eleições presidenciais de novembro de 2021, Ortega fortaleceu seu arsenal de censura ao abrir processos judiciais abusivos contra todos os seus adversários, tanto da classe política quanto entre os meios de comunicação.
ALVOS PREFERIDOS: a família Chamorro e a mídia privada
DISCURSO OFICIAL: paranóico e excessivo
“O terrorismo desinformativo, coordenado desde os Estados Unidos e cumprido ao pé da letra pelos meios de comunicação de muitos países, incluídos os da Costa Rica, é brutal, criminoso e xenófobo” (Maio de 2020, trecho de um discurso dirigido aos meios de comunicação da Costa Rica [La Nación, Telenoticias e Noticias Repretel] e dos EUA [CNN], que questionaram os números e o discurso oficial do governo sobre a gestão da crise sanitária).
“Os jornalistas são filhos de Goebbels” (No 28º aniversário do exército da Nicarágua, 1o de setembro de 2007).