O Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa
O que é?
Publicado anualmente desde 2002 pela Repórteres sem Fronteiras (RSF), o Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa é uma ferramenta de advocacy baseada nos princípios da emulação entre os Estados. Sua notoriedade lhe confere uma influência crescente entre as autoridades públicas nacionais. O ranking se tornou uma referência, citada por meios de comunicação do mundo inteiro e utilizado por diplomatas e organizações internacionais, tais quais as Nações Unidas e o Banco Mundial.
O que é medido?
A finalidade do ranking é avaliar a situação da liberdade de informação nos 180 países listados. Se trata de uma fotografia da situação atual da liberdade de imprensa, baseada na apreciação do pluralismo, da independência dos meios de comunicação, da qualidade do quadro legislativo e da segurança dos jornalistas. Não se trata de um ranking que mede a qualidade de políticas públicas, mesmo se os governos têm naturalmente uma responsabilidade importante nesse campo. Tampouco se trata de um indicador da qualidade da produção jornalística de um país.
Índice mundial e índices regionais
A RSF estabelece um índice mundial e índices por continentes, que permitem avaliar a performance geral dos países em termos de liberdade de imprensa. Se trata dessa forma de uma referência, que se soma ao Ranking. O índice mundial é o resultado da média dos índices regionais. Os índices regionais são obtidos através da média dos resultados dos países de uma determinada zona geográfica, ponderados pelo tamanho da população de cada país, a partir de dados do Banco Mundial.
A metodologia
O grau de liberdade dos jornalistas dos 180 países listados é determinado graças às respostas obtidas através de um questionário elaborado pela RSF, preenchido por especialistas da área. Soma-se a essa análise qualitativa, um balanço quantitativo dos casos de violência cometidos contra jornalistas considerando o período estudado. As temáticas sobre as quais o questionário se debruça são: o pluralismo, a independência dos meios de comunicação, o ambiente midiático e a autocensura, o quadro legislativo que rege o setor, a transparência e a qualidade da infraestrutura que sustenta a produção de informação.
Para estabelecer o Ranking, a RSF desenvolve um questionário online composto por 87 perguntas, centradas nas temáticas citadas acima. Traduzido em 20 línguas, incluindo o inglês, o árabe, o chinês, o russo, o indonésio e o coreano, o questionário é destinado à profissionais de mídia, juristas, sociólogos, entre outros especialistas da área. As respostas desses especialistas selecionados pela RSF, associadas ao balanço dos casos de violência cometidas contra jornalistas, permitem que a organização elabore um indicador.
O Balanço das agressões
Uma equipe de especialistas, dividida por áreas geográficas, monitora os casos de violência cometidos contra os jornalistas e meios de comunicação ao redor do mundo. Os pesquisadores se apoiam igualmente numa rede de correspondentes presente em 130 países. Esse balanço, que mede a intensidade dos casos de violências cometidas contra os atores da informação num determinado período de tempo, estabelece um indicador para as agressões. Esse indicador quantitativo permite ponderar a análise qualitativa da situação dos países a partir das respostas dos questionários.
O Mapa da Liberdade de Imprensa
Por sua vez, o Mapa da Liberdade de Imprensa oferece um olhar global sobre os resultados obtidos por cada um dos países presentes no ranking. As categorias de cor no mapa são atribuídas da seguinte forma:
De 0 a 15 pontos: Boa situação (branco)
De 15.01 a 25 pontos: Situação relativamente boa (amarelo)
De 25.01 a 35 pontos: Situação sensível (laranja)
De 35,01 a 55 pontos: Situação difícil (vermelho)
De 55.01 a 100: Situação grave (preto)